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Desmatamento na Caatinga

  • Foto do escritor: leonardomilmogerge
    leonardomilmogerge
  • 22 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

A caatinga é um bioma único e exclusivamente brasileiro, com área total de 826.411 km², está presente nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Estudos divulgados pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga (CECAT) alertam que esse é o domínio florestal menos conhecido cientificamente da América do Sul, tanto em termos geográficos quanto em observações biológicas, e a medida que as pesquisas sobre o bioma avançam, mais se descobre que ele é um ambiente natural mais rico em biodiversidade do que se pensava. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, na Caatinga vivem: 932 espécies diferentes de plantas, 591 de aves, 241 de peixes, 221 de abelhas, 178 de mamíferos, 177 de répteis e 79 de anfíbios.

Aproximadamente metade do bioma já foi desmatada e apenas 7,5% está sob proteção. De acordo com os dados do monitoramento, a principal causa da destruição da Caatinga deve-se à extração da mata nativa, que é convertida em lenha e carvão vegetal, destinados principalmente aos polos gesseiro e cerâmico do Nordeste e ao setor siderúrgico de Minas Gerais e do Espírito Santo. Outros fatores apontados foram as áreas criadas para biocombustíveis e pecuária bovina. O uso do carvão em indústrias de pequeno e médio porte e em residências também foi indicado.

Os efeitos do desmatamento da Caatinga são diversos, em razão da importância da vegetação para a região que ocupa. Além disso, existem indícios ainda não comprovados de que a Caatinga possa ser mais eficiente na absorção de gás carbônico na atmosfera do que as florestas tropicais, haja vista que essas últimas produzem uma quantidade de CO2 mais ou menos equivalente ao que absorvem.

Outra consequência do desmatamento da Caatinga é a desertificação. Sabe-se que nas regiões de clima mais quente e com pouca precipitação, o que se verifica em algumas das áreas ocupadas por esse bioma, a tendência de desertificação é alta em virtude da desidratação dos solos ocasionada pelo elevado índice de evaporação. Com a remoção da vegetação, o problema é intensificado, além de tornar os solos mais expostos e, por isso, altamente propensos a erosões e outros problemas ambientais, como a salinização.

Em resposta a essa problemática, o Ministério do Meio Ambiente elaborou um planejamento para combater o desmatamento local por meio da criação do PPCaatinga (Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Caatinga). O objetivo é a criação de um planejamento que vise reduzir a degradação crescente da vegetação e que leve em consideração as particularidades fitogeográficas da Caatinga. Além disso, estão sendo elaboradas iniciativas para reflorestamento, recuperação dos solos e das bacias hidrográficas da região, principalmente o semiárido do chamado “polígono das secas”.

Referências:

CORRÊA, Carine Corrêa. “Desmatamento na Caatinga já destruiu metade da vegetação original”; Ibama. Disponível em <http://www.ibama.gov.br/publicadas/desmatamento-na-caatinga-ja-destruiu-metade-da-vegetacao-original>. Acesso em 22 de novembro de 2015.

PENA, Rodolfo F. Alves. "Desmatamento da Caatinga"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/brasil/desmatamento-caatinga.htm>. Acesso em 22 de novembro de 2015.

SPITZCOVSKY, Débora Spitzcovsky. “Caatinga: patinho feio dos biomas do Brasil”; Meu Planetinha. Disponível em <http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/fique-ligado/caatinga-patinho-feio-biomas-brasil-protecao-desmatamento-747899.shtml>. Acesso em 22 de novembro de 2015.

 
 
 

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